As reticências são usadas nos seguintes casos: 
1. Para interromper um pensamento de forma que o leitor subentenda o que seria enunciado ou imagine: 
a) Ele disse que não queria, mas... 
b) Nada disso teria acontecido se... você sabe. 
2. Para indicar hesitações comuns na oralidade: 
a) Daí ele pegou...ele pegou...como se diz mesmo...uma boina. 
b) Não sei se você vai, mas...mas...não sei...penso que será muito bom! 
3. Em trechos suprimidos de um texto: 
a) (...) não existe texto incoerente em si, mas texto que pode ser incoerente em/para determinada situação comunicativa. (...) (Ingedore Villaça – A coerência textual) 
b) (...) Dada a gravidade dos acontecimentos, em um último gesto, Collor reivindicou que a população brasileira saísse às ruas com o rosto pintado de verde e amarelo, em sinal de apoio ao seu governo. Em resposta, vários cidadãos, principalmente estudantes, passaram a sair nas ruas com os rostos pintados. Além do verde amarelo, utilizaram o preto em sinal de repúdio ao governo. Tal movimento ficou conhecido como “Caras Pintadas”. (…) (Rainer Sousa – “O fim do governo Collor”) 
4. Para transmitir mais emoção e subjetividade para quem lê: 
a) (...) 'Stamos em pleno mar... Dois infinitos 
Ali se estreitam num abraço insano, 
Azuis, dourados, plácidos, sublimes... 
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... 
'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas 
Ao quente arfar das virações marinhas, 
Veleiro brigue corre à flor dos mares, 
Como roçam na vaga as andorinhas... (...) 
(Navio Negreiro – Castro Alves)
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
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